Fusões e aquisições crescem em bancas

O ranking de operações de fusões e aquisições realizadas por escritórios de advocacia brasileiros no primeiro semestre deste ano confirma o sentimento presente entre advogados de algumas das maiores bancas do país consultados pelo Valor durante o mês de julho: apesar da crise externa, não houve sequer sinal de retração dos negócios - e, a continuar assim, o ano de 2008 fechará com resultados ainda melhores do que o anterior, que já foi recorde para o setor de serviços jurídicos nacional.

Divulgado ontem pela Thomson Reuters Markets, o ranking da participação de bancas em fusões e aquisições que envolvem empresas brasileiras de janeiro a julho deste ano é liderado pelo Mattos Filho, que esteve presente em 30 operações envolvendo um total de US$ 31,6 bilhões - contra US$ 8,9 bilhões nas 25 operações realizadas no mesmo período do ano passado. Ou seja, a banca mais do que triplicou o valor das operações de que participou. De acordo com o advogado Moacir Zilbovicius, sócio do Mattos Filho, a explicação é que o escritório participou das três maiores operações de fusões e aquisições deste ano: a fusão da Bovespa com a BM&F, a venda de uma fatia da MMX para a mineradora Anglo American e a venda da Brasil Telecom para a Telemar.

O Mattos Filho é seguido pelo Machado, Meyer, que somou US$ 19 bilhões em 26 operações, contra US$ 8 bilhões nas 21 realizadas no primeiro semestre de 2007. Em terceiro lugar está o Barbosa, Müssnich, que participou de 22 operações envolvendo US$ 17,5 bilhões - no primeiro semestre de 2007, a banca contabilizou US$ 5,5 bilhões em 20 delas.